Neste domingo (12-10), a Prefeitura Municipal de Birigui, através de sua Secretaria de Cultura, com iniciativa do funcionário municipal e músico Rafael Zago, realizou o 1º Encontro de Sanfoneiros de Birigui, intitulado “Tributo a Mário Zan”, onde se homenageou esse grande músico que nasceu em 09 de outubro de 1920 e faleceu em 09 de novembro de 2006.
O evento contou com a presença do Prefeito Pedro Bernabé, acompanhado da Primeira Dama e Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social Marilene Galera Bernabé, o Secretário de Cultura Giovani Machado, o Secretário de Administração Edson Lopes e centenas de pessoas, que acompanharam a participação de vários Sanfoneiros da cidade de Birigui e com a especial participação de Mariângela Zan (SP), filha de Mario Zan, que emocionou a todos em sua apresentação.
Para o Prefeito Pedro Bernabé, “Birigui está fazendo a diferença na Cultura de forma arrojada e criativa, através do Secretário de Cultura Giovani Machado e equipe, destaco também a importância da participação dos Sanfoneiros de Birigui, que com a experiência e vivência de cada um somado ao carisma e potencial artístico da Mariângela Zan, fez desta noite um grande espetáculo, recheado de emoção e encanto, fazendo o público participar com muita alegria, cantando junto à Mariângela algumas canções que imortalizaram a carreira de Mário Zan: “Chalana”, “Ciriema”, a internacional “Os homens não devem chorar” ("Love Me Like a Stranger" / "Los Hombres no Deben llorar”) e outras”.
Participaram da apresentação, a filha do homenageado Mariângela Zan e os sanfoneiros: Adriano Junior, Airton Rios, Cleber Silva (representando o sanfoneiro Bibo “in memoriam”), Cidinho (Red Boys), Douglas Schimidt, Gabriel Casagrande, Marcos Tinareli (representando o sr. Rinaldo Rinaldini “in memoriam”), Oscar Damaceno, Rafael Zago, Xaxá, Zé do Bar, Zezinho Sanfonemas e Zezinho Seleme.
HISTÓRICO – MÁRIO ZAN
Mario Giovanni Zandomeneghi, mais conhecido como Mario Zan, foi um acordeonista ítalo-brasileiro nascido em Roncade, Veneza, considerado um dos acordeonistas mais importantes do Brasil, autor de inúmeras músicas entre elas esta a música que é um hino nacional da região do Pantanal, Chalana (1940), em parceria com Arlindo Pinto, e do Hino do 4º Centenário de São Paulo (1954).
Quando ele tinha quatro anos, seus pais, Seu José, que trabalhava em olaria na cidade de Vinhedo-SP. E da dona Ema, vieram morar no Brasil e foram morar em Santa Adélia, perto de Catanduva, interior do estado de São Paulo. Aos 12 anos, quando já tocava habilmente o acordeão, mudou-se para as imediações do Museu do Ipiranga. Aos 13, estreou como acordeonista profissional e desde então, em mais de 70 anos de carreira, compôs centenas de músicas, gravadas e regravadas por cantores como Sérgio Reis, Roberto Carlos, Almir Satter e outros, gravou 300 discos de 78 rotações, 110 LPs e mais de 50 CDs.
O primeiro meio de comunicação que conheceu ele com o seu acordeom, foi Rádio Record, quando entrou na emissora, pediram para ele tocar as suas músicas e saíu de lá 33 anos depois. Nessa época, um locutor ouviu a sua música inconfundível e ficou encantado. Em seu programa de rádio do Rio de Janeiro, declarou existir um sanfoneiro em São Paulo que executava a verdadeira música brasileira. O nome do locutor era Ary Barroso (1903-1964), o criador de Aquarela do Brasil.
Conhecido como o compositor do hino dos 400 anos de uma cidade de São Paulo que já vendeu mais de 10 milhões de cópias até hoje, foi lançado em disco em 78 rpm e, naquele ano, vendeu mais exemplares do que havia de vitrolas no Brasil. Nos 450 anos da cidade fez outro hino e, então, a prefeitura deu-lhe o título de cidadão honorário na virada do ano (2003-2004), em cerimônia na avenida Paulista.
Ele é o autor de sucessos nacionais e internacionais, tornou-se um dos melhores acordeonistas do Brasil, tendo se tornado extremamente popular pelas composições das canções das festas juninas paulistas como a Festa na Roça, Sapecando, Serelepe Balão Bonito, etc. Mario Zan morreu aos 86 anos ainda na ativa. Reconhecido internacionalmente, tem o seu nome e retrato expostos no Museu de Artes de Frankfurt, Alemanha, ao lado de grandes instrumentistas de todos os tempos. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, disse uma vez que ele era o verdadeiro Rei da sanfona.
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